Cores do meu mundo

Tentarei (mais uma vez) deixar aqui minhas impressões sobre o mundo... Teologia, Cinema, Bíblia, quadrinhos, música... um pouquinho de tudo, pra quem quiser ler... se é que vai ter alguém além de mim.

terça-feira, dezembro 18, 2007

O título do álbum já diz tudo


domingo, abril 29, 2007

O Dia do Curinga

Há alguns anos, li esse livro de Jostein Gaarder, e uma passagem me chamou bastante atenção:

"- O dia do Curinga... - disse Frode afinal. Por um momento, uma expressão preocupada tomou conta do seu rosto marcado pelos anos.
- Dia do Curinga? - perguntei.
- Vamos tomar o café aqui fora, meu jovem. Sente-se ali. já Vou trazer a comida.
Frode apontou para um banquinho que estava encostado na parede da casa, atrás de uma pequena mesa.
Mesmo sentado, eu continuava a ter uma boa visão do povoado: alguns anões saíam para o trabalho puxandouma carroça. Na certa eram os anões de paus que iam para o campo. Da grande oficina vinha um barulhãoenorme.Frode trouxe pão, queijo, leite de miluco e tufo quente. Sentou-se ao meu lado e, no meio da refeição, recomeçou a contar sua história.
- A primeira fase da minha vida na ilha, eu a chamo de "tempo de paciência" - disse. - Eu vivia na solidão maisprofunda. Não é de se estranhar, portanto, que aos poucos as cinqüenta e três cartas do baralho fossem setransformando em criaturas da minha imaginação. Mas isso não era tudo. Em pouco tempo, as cartas passaram a ter uma importância fundamental no calendário que usamos para marcar o tempo aqui na ilha.
- No calendário?- Isso mesmo. O ano tem cinqüenta e duas semanas, ou seja, uma semana para cada carta do baralho. Comeceia fazer contas.
- Sete vezes cinqüenta e dois são trezentos e sessenta e quatro - disse eu.
- Exatamente. Só que o ano tem trezentos e sessenta e cinco dias. E esse dia sobressalente, nós o chamamosde "dia do Curinga". Ele não pertence a mês nenhum e também a nenhuma semana. É um dia suplementar,extra, por assim dizer, em que tudo é possível. E a cada quatro anos temos dois dias do Curinga.
- Muito refinado..."

De lá pra cá, gosto de imaginar o meu aniversário como "o dia que falta para completar o ano".

"...a gente envelhece, fica com os cabelos brancos, e um dia se acaba e desaparece deste mundo. Com os nossos sonhos, porém, a coisa é diferente, Eles podem continuar vivendo em outras pessoas muito tempo depois de termos partido." (Jostein Gaarder - O Dia do Curinga)

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sexta-feira, abril 27, 2007

Coming Soon...

O céu está repleto de nuvens escuras...
Isso só pode significar uma coisa:

meu aniversário está chegando.

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segunda-feira, abril 23, 2007

Hiato...

"do Lat. hiatu, acção de abrir a boca

s. m.,
- encontro de duas vogais sonoras, uma no fim de uma palavra, e a outra no princípio da palavra seguinte, dando mau som e obrigando a abrir muito a boca;
- orifício;
- fenda;
- intervalo;

fig.,
- falha;
- lacuna."

Um mês sem postar sempre dá uma impressão de abandono! :P

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sexta-feira, março 23, 2007

A Roseira

Esse ano, um disco clássico da música evangélica nacional está completando 30 anos.

De Vento em Popa, do grupo Vencedores por Cristo, foi um divisor de águas. Reunindo os melhores músicos cristãos da época, o foi ousado em tudo: desde o tema das letras, passando (claro) pelos arranjos primorosos, o que "brasileirou" de uma vez por todas a música evangélica. É claro que muitos não gostaram, o que pra mim só confirma a qualidade do álbum.

É uma pena que ainda hoje o disco seja pouco conhecido. Quando olho pra música evangélica que se produz hoje - aquilo que toca em rádio, aquilo que o povão ouve (e gosta) - e comparo com De Vento em Popa, percebo o quanto regredimos.

Pára, um momentinho só, tudo que você estiver fazendo, e escuta essa linda música: A Roseira (na voz de Aristeu Pires, cantor e compositor que participou do disco).



E aí? você concorda ou não comigo?

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terça-feira, março 20, 2007

O Pequeno Príncipe

Não sei se com vocês é assim, mas um bom livro - daqueles que você faz questão de dizer pra todo mundo que leu - me conquista nas primeiras palavras. Uma vez me dei mal com isso: numa livraria, estava em dúvida se levava ou não um livro e rosolvi ler o começo do bendito.... resultado: o início era muito bom e me conquistou, mas o resto do livro era uma merda!

Ainda bem que esse livro de Antoine de Saint-Exupéry não me decepcionou!

Eu me apaixonei perdidamente pela dedicatória do autor para seu amigo, a qual transcrevo, na íntegra, abaixo:



"A LÉON WERTH

Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho uma desculpa séria: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo. Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio.

Ela precisa de consolo. Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso). Corrijo, portanto, a dedicatória:

A LÉON WERTH
QUANDO ELE ERA PEQUENINO"

Talvez você pense: "O que tem demais nesse texto pra alguém se apaixonar por ele?"

Acontece que, pra mim, ele confirma uma teoria que venho "ruminando" na mente há algum tempo: quando crescemos, tendemos a esquecer que fomos crianças; deixamos morrer todas as lembranças de como encarávamos o mundo nessa época.

Ainda não entendeu? Então deixa eu te contar duas histórias...

Numa das oportunidades que tive de ir à Bienal do Livro para divulgar o stand do Xaxado, fiquei distribuindo folhetos e convidando as pessoas para conhecerem melhor nossos livros. Avistei uma família - um senhor de meia idade, sua esposa e seus filhos, uma moça e um rapaz, que não aprentavam ter mais de 20 anos. Prontamente entreguei um folheto ao senhor e fiz o convite. Qual foi sua resposta? "Não... obirgado... meus meninos já estão bem crescidinhos."

Pouco tempo depois, participei de um amigo secreto, e escolhi para presentear um dos livros que mais gosto, O Cabrito Encantado. Qual não foi minha surpresa quando a pessoa presenteada abriu o pacote!!! Quando olhou pro livro, exclamou, com um misto de satisfação e desdém: "O Cabrito Encatado????!!???!!???? Pôôôôôôô.... fala sério! Fulana, você, que gosta de história de criança, não quer não?!"

Percebeu?

É por isso que eu concordo com Saint-Exupéry, as pessoas grandes não são capazes de compreender todas coisas, nem mesmo um livro de criança.

Preciso pedir perdão às crianças por esses dois erros que cometi. Mas, ao mesmo tempo, tenho um motivo para continuar a cometê-los.... vou continuar procurando por gente grande que compreenda livros infantis.

Se você encontrar alguém assim por aí, me avise...

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terça-feira, março 13, 2007

Vox One

Poucas músicas me fazem sentir tão bem quanto esse arranjo de "Danny Boy", do Vox One.

Então pra estrear os vídeos do blog, tinha que ser ela!


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